UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CURSO: História
DISCIPLINA: Temas de História de Sergipe I
PROFESSOR: Antônio Lindvaldo Sousa
ALUNA: Joyce Dantas Paixão
Lendas e mistérios dos tesouros dos
jesuítas em Jaboatão e outras...
Desde o tempo dos jesuítas
até os dias atuais,circula no imaginário sergipano as estórias de riquezas,em
ouro,prata,moedas,alfaias,escondidas e deixadas durante a fuga dos jesuítas.
Tais estórias ocorreram
em Laranjeiras,dando conta de que haviam
túneis de comunicação entre algumas capelas e igrejas,como a do engenho
Reitor, a de Comandaroba,a do Bonfim, grutas calcárias como a Pedra Furada e a
de Matriana. Afirmava-se,em Laranjeiras,que
algumas pessoas conseguiram entrar na gruta da Pedra Furada,percorrendo
seus corredores e salões,encontrando peças valiosas.Entre os relatos populares
há um que trata de uma pessoa que ficou louca,depois de entrar e de achar parte
da riqueza dos jesuítas em Laranjeiras.Também está no imaginário do baixo São
Francisco estórias de tesouros deixados pelos jesuítas em ilhas do Velho
Chico,que também possuíam túneis que permitiriam que os padres fugissem,mas
deixassem em segurança tudo o que não puderam levar.
Uma dessas lendas é a
que ficou conhecida como o Tesouro de Jaboatão,inspiradora de dois romances e
de uma crônica,onde uma fonte escrita que narra o surgimento dessa lenda é o
livro de José Bezerra dos Santos.
Na época dos jesuítas, os devotos de Nossa
Senhora das Agonias costumavam fazer doações à imagem, primeira padroeira do
local. Esses tesouros foram enterrados no esconderijo, logo que os padres da
Companhia de Jesus souberam que holandeses haviam tomado Olinda (PE). Em 1630,
a imagem de Nossa Senhora da Agonias seguiu para Roma, por ordem do Vaticano,
ficando a de Nossa Senhora do Desterro no lugar. Em 30 de dezembro de 1768, os
jesuítas foram expulsos de suas terras pelo Marquês de Pombal, apressados, eles
depositaram tudo que havia de valioso no labirinto e fizeram o desenho do mapa
indicando o local onde o tesouro foi enterrado, para ser descoberto após as
perseguições, 163 anos depois, em 05 de maio de 1931,o
lavrador Pedro de Alcântara sonhou com um frade velho,de barba grande e cabelos
brancos,que o chamou para cavar em um determinado local.
Segundo o pesquisador Antônio Marques da Silva,
no dia seguinte pela manhã, Pedro chamou o vizinho, contou o seu sonho e
combinaram de ir à noite ao local, a 200 metros da vila. Pedro e Raimundo
cavaram um buraco de dois metros e trinta de profundidade, retiraram um
caixote, que continha duas placas envolvidas com uma camada de gesso, que
combinadas com as outras duas dariam a localização exata do subterrâneo.
Antônio diz que eles encontraram também duas imagens de 70 centímetros cada, de fina lavra, e uma chave grande do salão principal. A filha de Raimundo, Jolinda, lavou as placas. De tanto arear, uma delas ficou com uma parte ilegível. A placa legível mostra uma parte da explicação para se chegar e os objetos que contêm no local.
Antônio diz que eles encontraram também duas imagens de 70 centímetros cada, de fina lavra, e uma chave grande do salão principal. A filha de Raimundo, Jolinda, lavou as placas. De tanto arear, uma delas ficou com uma parte ilegível. A placa legível mostra uma parte da explicação para se chegar e os objetos que contêm no local.
Originalmente, as inscrições estão ao contrário.
Para ler, deve-se colocar em frente ao espelho. A descoberta das placas chamou
a atenção de todo o Estado, inclusive foi publicado em diversos jornais locais
e nacionais.
Da época dos jesuítas só existem na cidade a pia batismal e o Cruzeiro de Pedra, este localizado na praça principal da cidade, em frente à igreja Matriz. Construído no século XVII pelos padres da Companhia de Jesus, segundo lenda o Cruzeiro é o ponto de partida do subterrâneo onde estão escondidos os tesouros.
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